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A mostrar mensagens de outubro, 2015

Outra viragem inadiável

J.-M. Nobre-Correia Média : Que a esquerda venha a assumir ou não o governo da nação, a fase política que se anuncia supõe uma nova prática jornalística capaz de suster o augurado novo curso da sociedade portuguesa… As peripécias que atravessam atualmente a vida política confirmam que estamos a viver um momento histórico. Ou pelo menos um momento de prováveis viragens históricas suscetíveis de desencadear recomposições da cena política nacional [ 1 ] . Mas, para além destas (quase) evidências de natureza sociopolítica, há no contexto atual outra evidência que, ela, salta também aos olhos. A de um jornalismo e de média de informação largamente dominados por gente com mentalidade militante, grande impreparação técnica e cultural, e enorme má-fé, que se trate de jornalistas ou de “comentadores”. Gente cuja ligação à direita é por demais evidente e jornalisticamente insuportável. Por um jornalismo diferente Tal constatação deveria porém levar a esquerda política e

Ensinamentos a não perder de vista

J.-M. Nobre-Correia Política : Houve durante a campanha para as legislativas uma vaga de ataques ferozes que deixaram marcas na memória dos eleitores. E que conviria agora ultrapassar, se a esquerda quiser de facto construir alternativas viáveis… Impossível dizer neste momento que coligação irá assumir o governo da nação nos próximos tempos. Mas o que parece evidente é que uma página nova da história contemporânea portuguesa foi aberta com o diálogo inaugurado entre o Partido Socialista, o Bloco de Esquerda e o Partido Comunista Português. Um diálogo praticamente inexistente desde o “verão quente” de 1975. O BE deu o primeiro sinal de abertura em relação ao PS ainda durante a campanha eleitoral. O PCP manifestou uma posição clara em relação ao PS logo depois de conhecidos os resultados das eleições. O PS, dececionado com estes resultados, abriu largamente o leque das alianças pós-eleitorais possíveis [ 1 ] . E o “povo de esquerda” manifestou repetidamente o seu reg

Cette jouissance éphémère…

J.-M. Nobre-Correia Politique : Des amis belges demandent des explications au sujet de la situation politique portugaise au lendemain des élections législatives de dimanche. Les voici sous forme de clin d’œil en lettre privée… Mes chers Amis belges, juste un petit mot pour vous dire que les gens de gauche (vraiment de gauche) vivent actuellement au Portugal un sentiment de jouissance, certes une jouissance éphémère, mais jouissance tout de même… En fait, pendant la campagne électorale, on avait vu le Bloc de Esquerda (Bloc de Gauche), clairement, et le PCP, timidement, faire des ouvertures au PS, auxquelles le PS n'a d'ailleurs jamais répondu ou donné le moindre signe positif. La droite PSD-CDS étant largement minoritaire à l'Assemblée de la République (104 sur 230 députés, quoique les résultats des quatre sièges attribués aux Portugais résident à l'étranger ne soient pas encore connus. Le PSD n'a d'ailleurs que 86 face à un