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A mostrar mensagens de janeiro, 2016

Um Berlusconi mais performante

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J.-M. Nobre-Correia Média : A campanha para as eleições presidenciais mostra bem a urgência que há em repensar o modo como média e jornalistas concebem a informação. E como ao longo dos anos impuseram o candidato “Marcelo”… Seja qual for o desfecho que a campanha para as eleições presidenciais venha a ter, média e jornalistas deveriam tomá-la como tema de reflexão. Urgentemente. E não só sobre a maneira como cobriram a dita campanha. Sobre as prioridades que deram a tal ou tal outro personagem ou tema. Sobre as formas de tratamento que adotaram para abordá-los. Até porque, no fim de contas, estas e outras interrogações se põem de maneira geral e constante no que diz respeito à maneira como a informação é concebida neste país… Mas a principal interrogação que as eleições presidenciais propõem é a que diz respeito a Marcelo Rebelo de Sousa. Um personagem nascido e criado na fina-flor do salazarismo, denunciador de comunistas ou simples opositores ao regime, que depois do 25 d

Um projeto que ocultava outro…

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J.-M. Nobre-Correia * Entre maio de 1988 e julho de 1995, sob aparências de um jornal novo e de uma nova conceção do jornalismo, O Independente constituiu de facto e antes do mais uma máquina de guerra para elaborar uma política de direita radical… Desenganem-se os que esperam encontrar neste livro uma abordagem histórica, económica e sociológica de um jornal. De um semanário que fez data nos anais da imprensa nacional durante dezoito anos, ou pelo menos durante parte deles. Um semanário cuja ambição era vender “um exemplar mais” do que o Expresso , seu grande rival. Mas que nunca lá chegou e desapareceu ingloriamente. Até porque O Independente foi mais um instrumento de intervenção política e cultural do que um média com uma marca forte em matéria de jornalismo no sentido próprio da palavra. Nada ou quase nada há de elementos fatuais no livro no que diz respeito à empresa editora do jornal. Apenas uns vagos elementos sobre a preparação do seu lançamento. E mais nada.

Um compromisso desejável

J.-M. Nobre-Correia Política : Como prometido, o governo socialista de António Costa repôs os feriados que o governo de direita de Pedro Passos Coelho tinha suprimido. Porém, sem uma prévia reflexão capaz de resolver evidentes dificuldades… Em 1 de dezembro de 2011 publiquei simultaneamente no Jornal do Fundão e no Diário de Coimbra um artigo sobre a questão dos feriados. Artigo que veio aliás a ser republicado no dia seguinte na edição digital do Diário de Notícias . Um pouco mais de quatro anos depois, aqui fica o dito artigo na versão ortográfica então adotada pelos ditos jornais. A questão actual dos feriados até poderia constituir um tema de discussão interessante. Só que o governo em vez de procurar ser inventivo e pedagógico transformou-a em mais uma vingançazinha em relação a quem está na mó de baixo. E como a vaga geral que atravessa a Europa até lhe é favorável, a gente que está no poder aproveita para ser mais papista do que os papas da “troika”… Ora, a inf