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A mostrar mensagens de fevereiro, 2018

Em vésperas de vida nova…

J.-M. Nobre-Correia Média : ano após ano, o Jornal do Fundão tem vindo irremediavelmente a perder vendas. Há pois que esperar que no dealbar de nova etapa possa voltar a afirmar-se como ator de primeira linha… Os números que acabam de ser publicados pela APCT (Associação Portuguesa para o Controlo de Tiragem e Circulação) mostram que as coisas não estão a correr lá muito bem ao Jornal do Fundão . É verdade que a situação da imprensa em papel é bastante negativa um pouco por toda a Europa. E que o é particularmente em Portugal, onde há diários, por exemplo, que com as vendas que têm já teriam desaparecido há muito em países onde a imprensa não está prioritariamente ao serviço de interesses exteriores ao mundo da informação. Em janeiro-dezembro de 2017, o Jornal do Fundão teve em média uma “circulação impressa paga” de 7 586 exemplares, quando em idêntico período do ano anterior ainda tinha 8 006. O que significa uma perda de 420 exemplares. Só que, há dez anos atrás, a “circul

Os critérios jornalísticos da RTP…

J.-M. Nobre-Correia Média : ingenuamente, estamos sempre à espera que o serviço público nos proponha um telejornal com um pouco de qualidade. Com a morte do João Varela Gomes, ela ilustrou uma vez mais a sua mediocridade… Viram no telejornal das 20h00 da RTP 1 de terça-feira 27 de fevereiro, o tempo consagrado à morte de João Varela Gomes (militar que foi um ator da história da resistência ao salazarismo e da construção do Portugal do após 25 de Abril) e a forma de tratamento adotada para esta sequência ? E logo imediatamente a seguir, viram também o tempo consagrado à vitória do Sporting sobre o Moreirense e forma como foi tratada esta sequência, com a inevitável entrevista do omnipresente quotidiano treinador do dito clube ? Assim vai esta lamentável televisão dita de "serviço público". E assim vai tristemente o lamentável jornalismo televisivo praticado em Portugal… É esta a tristeza da "informação" que é proposta diariamente aos cidadãos portugueses…

Dos pequenos potentados locais…

J.-M. Nobre-Correia Política : Consideram-se donos-disto-tudo e acham que podem viver em total impunidade, praticando à ligeira uma singular arbitrariedade sem deverem prestar contas a ninguém… Viver no Portugal “do interior” é de certo modo uma punição. É viver num país de segunda ou mesmo de terceira ordem. Longe dos grandes estabelecimentos públicos e privados de assistência médica do Porto, de Coimbra ou de Lisboa. Longe das escolas secundárias, superiores e universitárias de prestígio da faixa litoral Norte-Centro. Longe da generosa oferta em matéria de cultura e de lazeres largamente centrada em Lisboa. Viver no Portugal “de baixa densidade” é pois sentir-se marginalizado. É ver-se automaticamente considerado pelas gentes do Portugal “de alta densidade” (ou da anti-“baixa densidade”) como cidadãos de segunda categoria. Como indivíduos que pouco ou nada contam nas decisões sobre os destinos do país (e as vagas de incêndios do verão e do outono passados puseram em evidência

Era uma vez o 'Jornal do Fundão'…

J.-M. Nobre-Correia Média : Quando um semanário de tradição republicana se põe repetidamente a “cobrir” factos de nula importância referentes a um regente agrícola que pretende ser “herdeiro da coroa portuguesa” (sic)… Setenta e dois anos depois, a história do Jornal do Fundão está ainda por escrever. Esperando que, se algum dia o vier a ser, o seja por alguém competente em matéria de história e de imprensa. E, esperemos, que o seja então de maneira multifacetada, à imagem daquilo que foi a história do jornal. E não, de preferência, de maneira unidimensional como tem sido o caso desde há largos anos, por conveniência (no caso de conhecedores no Fundão e arredores) ou por ignorância (daqueles que pensam tudo saber, sobretudo dos lados de Lisboa). Mas se há uma caraterística que parece ter atravessado a história do Jornal do Fundão (salvo análise mais aprofundada sobre o assunto) é o do seu republicanismo. Ora, eis o Jornal do Fundão em três números recentes a cobrir visitas d