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A mostrar mensagens de maio, 2018

Para perceber os caminhos da informação jornalística

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Em obra há pouco publicada, o  especialista de médio Nobre-Correia apresenta os caminhos da produção jornalística 1. Que diferença faz a obra Teoria da Informação jornalística no panorama das obras sobre comunicação e comunicação jornalística? Direi antes do mais que faço uma distinção essencial. Há por um lado a chamada  comunicação , que tem por origem as assessorias de empresas e instituições, e que está ao serviço dos interesses destas. Hápor outro lado a  informação , fruto da produção jornalística e que está ao serviço dos cidadãos leitores, ouvintes, espectadores ou internautas. Nesta perspetiva, a  Teoria da Informação Jornalística parece-me ser bastante original no panorama editorial português onde há alguns manuais que tratam da técnica jornalística, de como executar diferentes tarefas jornalísticas. Enquanto o meu livro consiste numa abordagem do funcionamento do sistema da informação, dos seus aspetos teóricos e dos seus mecanismos práticos. Há assim nele uma iniciação

As outras "baixas densidades"

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J.-M. Nobre-Correia Os poderes locais vivem numa quase impunidade, irregularidades e ilegalidades sendo moeda corrente… Ser imperial e centralista é a tendência natural de Lisboa : os últimos séculos provam-no sobejamente. Foi-o em relação aos territórios de além-mar. E continua a sê-lo em relação ao Portugal “do interior”, para além do território que considera ser a sua inevitável área de expansão. Com o regresso da democracia, a situação não mudou de maneira claramente percetível. E os projetos atuais de descentralização municipalista, sem criação de regiões, acentuarão ainda mais a situação dos pequenos potentados locais que se comportam como reizinhos da terra. A verdade é que a desgraça económica, social, cultural e demográfica em que se encontram as regiões de “baixa densidade” não são só fruto da tendência imperial e centralista de Lisboa. A situação convém perfeitamente a notáveis locais que vivem assim em grande impunidade no que diz respeito ao Estado de direito, às

Interrogações e incertezas várias

J.-M. Nobre-Correia Média : Uma primeira operação foi concretizada. Mas as negociações para a venda do Jornal do Fundão  parece terem encalhado num impasse… Na série de textos aqui publicados sobre o futuro do  Jornal do Fundão [ 1 ] , houve um elemento que não foi frisado e que o deveria ter sido. Aquele que consistia em dizer que a operação de compra-venda da empresa editora deveria operar-se em dois tempos. Num primeiro tempo era a Global Média, acionista maioritário que tomaria o controle das ações detidas pelas filhas de António Paulouro. E só num segundo tempo é que a Global Média procuraria vender a totalidade ou a maioria da sua participação aos potenciais candidatos. Ficando no entanto a porta aberta a outros possíveis compradores, caso não houvesse finalmente entendimento com os atuais. Entretanto foi publicado o anunciado texto na primeira página do  Jornal do Fundão  (“Fim de ciclo”) assinado pelas irmãs Maria Teresa e Maria José Paulouro, e pelo primo Fernando Paulo